Vereadora Ilmarli realiza videoconferência com especialistas da Unemat sobre o aumento de casos e de óbitos pela Covid-19 em Alta Floresta

O aumento de casos de Covid-19 e de óbitos registrados em Alta Floresta foram os principais temas de uma videoconferência realizada pela vereadora Ilmarli Teixeira (PT), no dia 1º de abril, com professores doutores da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) responsáveis por um projeto que monitora o panorama da Covid-19 no município.

Representando a Unemat participaram da videoconferência Célia Regina Araújo Soares Lopes, Ivone Vieira da Silva, Marla Leci Weihs, Luciene Castuera de Oliveira e Edgley Pereira da Silva. Também participaram os vereadores Oslen Dias dos Santos (PSDB), o Tuti, presidente da Câmara Municipal, Adelson da Silva Rezende (PDT), Francisco Ailton dos Santos (Republicanos), Claudinei de Souza Jesus (MDB) e Luciano Silva (Podemos), além do secretário municipal de saúde, Lauriano Antonio Barella, secretário de governo, gestão e planejamento, Robson Quintino, e José Aparecido de Souza, membro do Comitê de Enfrentamento ao Novo Coronavírus.

O mapeamento e monitoramento feito pelos especialistas da Unemat Campus Alta Floresta teve como base os dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde referente aos casos ativos, acumulados e óbitos desde o início da pandemia.

O panorama epidemiológico mostra o cenário da pandemia até o dia o dia 31 de março, quando foram registrados 5.985 casos acumulados, sendo 5.515 recuperados, 400 casos ativos e 70 óbitos. Neste mesmo cenário a taxa de ocupação hospitalar era de 89,47% dos leitos clínicos disponíveis no Hospital Regional Albert Sabin e 84% dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital Santa Rita.

O balanço também identificou que do dia 1º de janeiro até o último dia de março deste ano foram confirmados 4.086 casos de Covid-19 em Alta Floresta, ou seja, o período mais crítico da pandemia no município, principalmente porque de março a dezembro de 2020 foram 1.899 casos acumulados.

Março foi o período mais crítico com 1.589 casos confirmados e um índice de 29,62% de óbitos nos últimos 14 dias do mês, o maior de toda a pandemia. Em 2021 o aumento dos óbitos em decorrência da Covid-19 foi de 150%. Somente no último mês foram 22 óbitos confirmados, sendo a maioria entre pessoas com idade entre 71 a 80 anos, principalmente homens.

A estudo também mostra que a população ativa, com idade entre 21 a 40 anos, foi a mais contaminada pelo novo coronavírus totalizando 2.740 casos confirmados. Entretanto, a letalidade da doença está principalmente entre os idosos com mais de 61 anos.

Outro dado alarmante foi a classificação de risco que mostrou o setor de chácaras urbanas, o bairro Cidade Bela, a grande Cidade Alta, o bairro Boa Nova e a região central da cidade com risco muito alto de contaminação pelo novo coronavírus. Dos 73 bairros e localidades 32,39% estão com risco muito alto de transmissão. Alta Floresta continua na faixa vermelha da Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT).

O panorama feito pela Unemat mostra ainda que até o dia 30 deste mês a estimativa é de 652 novos casos diários, podendo chegar a 8.325 casos acumulados e 96 óbitos. A pesquisa tem 95% de intervalo de confiança.

No mês de fevereiro a vereadora Ilmarli Teixeira recebeu uma nota técnica envidada pela Unemat alertando sobre a ascendência da curva da pandemia, inclusive com aumento de óbitos. Motivo pelo qual, a vereadora decidiu organizar a videoconferência para trazer a universidade para o debate com os dois maiores poderes do município.

"Isso e sério, são situações muito difíceis, estamos com o comércio fechado, estamos com empresários, servidores, pessoas com dificuldades financeiras, e nós precisamos ouvir a ciência. A Câmara de Vereadores precisa estar articulada às ações junto à ciência. As ações precisam ser feitas, o poder público precisa buscar estratégias, ações junto ao Ministério Público para que a gente possa trabalhar tudo isso e não penalizarmos mais as pessoas. Acredito que ações e estratégias a universidade tem para que possamos conter a disseminação do vírus na nossa cidade. Alta Floresta precisa ouvir a ciência, nós temos cientistas, doutores, com uma capacidade técnica, científica e tem muito a contribuir e já estão contribuindo", ressalta a vereadora.

Para Ilmarli se o município tivesse buscado um trabalho conjunto, ações articuladas com a Unemat, com o Instituto Federal, com o Ministério Público Estadual, com todos os seguimentos da sociedade e as ações tivessem sito planejadas e articuladas conjuntamente de forma coletiva Alta Floresta não estaria nestas condições.

"Estarei sempre ao lado da ciência e da vida das pessoas, porém, precisamos que a economia do município cresça, mas as ações precisam ser articuladas com todos os seguimentos", frisou.

LINDOMAR LEAL
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal